A Semana Mundial da Amamentação 2024 destaca a importância do aleitamento materno não apenas para a saúde, mas também para o meio ambiente. A campanha deste ano reforça que o leite materno é um alimento natural, renovável e sustentável, que não gera resíduos nem depende de processos industriais poluentes, como ocorre com as fórmulas artificiais. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lembra que proteger a amamentação é investir em saúde pública global e na preservação da vida.
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH), coordenada pela Fiocruz, é uma referência internacional em saúde neonatal. Em 2024, os 234 bancos e 249 postos de coleta espalhados pelo país realizaram mais de 2,3 milhões de atendimentos gratuitos a nutrizes. A atuação da rede, que também realiza visitas domiciliares e atendimentos em grupo, é essencial para combater o desmame precoce e promover o aleitamento.
Além do apoio às mães, a rede incentiva a doação de leite humano para recém-nascidos internados em UTIs Neonatais, especialmente prematuros. Neste ano, foram doados 245,8 mil litros de leite, demonstrando a importância da solidariedade no cuidado neonatal. O modelo de cooperação solidária adotado pelo SUS é reconhecido internacionalmente como uma inovação em saúde e equidade social.
A amamentação também oferece benefícios diretos para mães e bebês. Entre as vantagens para os pequenos estão a redução de infecções respiratórias e gastrointestinais, além de menor risco de doenças crônicas. Para as mulheres, o aleitamento auxilia na recuperação pós-parto e reduz as chances de desenvolver câncer de mama. Promover o aleitamento materno é garantir direitos, saúde e qualidade de vida para todos.