O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou, nesta semana, a volta do horário de verão como alternativa para ajudar a garantir o fornecimento de energia elétrica nos próximos anos. O alerta está no Plano da Operação Energética 2025, que projeta dificuldades para suprir a demanda de potência no fim do dia, sobretudo entre 2025 e 2029.
Sem novos leilões de contratação de potência, o sistema elétrico poderá precisar acionar mais usinas térmicas, o que encarece a geração e aumenta as emissões. Segundo o ONS, o avanço de fontes intermitentes, como solar e eólica, exige maior flexibilidade para atender a demanda, principalmente à noite, quando a geração solar não está disponível.
A expectativa é de que a matriz elétrica nacional cresça 36 GW até 2029, chegando a 268 GW, com a energia solar se consolidando como a segunda maior fonte do Sistema Interligado Nacional (SIN). Mesmo assim, o ONS projeta riscos de déficit de potência em vários períodos entre 2026 e 2029, caso não ocorram novos leilões ou medidas para aliviar o pico de consumo.