A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira, (23/7), uma operação que investiga a corrupção em contratos firmados com o Distrito Sanitário Especial Indígena de Cuiabá-MT (DSEI-Cuiabá).
A força-tarefa envolveu cerca de 70 policiais e três auditores da Controladoria-Geral da União que cumpriram 17 mandados de busca e apreensão e busca pessoal, expedidos pela 7ª Vara Federal de Mato Grosso.
A operação Portare visitou os municípios de Cuiabá, Várzea Grande/MT, Rondonópolis/MT, Brasília/DF, Rio de Janeiro/RJ, Boa Vista/RR e Campo Grande/MS.
Além do cumprimento dos mandados de busca e apreensão foi deferida medida de sequestro de bens ligados a 10 envolvidos, que somadas podem chegar a quantia de R$ 20 milhões. Dois servidores públicos foram afastados dos seus cargos.
A investigação teve início a partir de denúncias anônimas que indicavam superfaturamento no contrato de fornecimento de veículos para o DSEI-Cuiabá. A contratação emergencial aconteceu nos anos de 2023 e 2024, inclusive com informações de favorecimento da suposta empresa contratada, fraudes e acertos prévios entre agentes públicos e de entidades privadas.
O prejuízo já identificado atinge o valor de R$ 1,3 milhão, além do pagamento de vantagem indevida a servidores e outras irregularidades.
No decorrer da apuração, a Polícia Federal também identificou que alguns servidores do DSEI-Cuiabá recebiam vantagem indevida de empresários para favorecerem suas empresas nas contratações junto ao órgão.