Foi inaugurada na manhã desta sexta-feira, 1º, em São Paulo, a Biblioteca Wilma Lancellotti, um espaço comunitário voltado especialmente para a população em situação de rua. Idealizada pelo padre Júlio Lancellotti, a iniciativa busca promover o acesso à leitura, à informação e à cidadania, e funcionará no Centro Santa Dulce dos Pobres, na Mooca, zona leste da capital.
A biblioteca leva o nome de Wilma Lancellotti, mãe do sacerdote, que morreu em 2010, como forma de homenagem. O espaço contará com um acervo de oito mil livros, sendo quatro mil em reserva técnica, todos catalogados por um time de seis bibliotecárias voluntárias. A organização do acervo será feita pelo sistema Sophia Biblioteca, o mesmo utilizado pela Biblioteca Nacional.
Segundo padre Júlio, o espaço será aberto a todos e além do acesso gratuito aos livros, o público poderá utilizar computadores, buscar apoio para a emissão de documentos e receber ajuda na busca por emprego.
A madrinha da nova biblioteca será a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL). Professora sênior da Universidade de São Paulo (USP) e visitante na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, Lilia é autora de mais de 30 livros, muitos deles traduzidos e premiados, e é considerada uma das maiores referências em estudos sobre desigualdade no Brasil.