O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes ameaçou prender o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo por desacato durante o depoimento dele na ação penal da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Escolhido como testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, com quem trabalhou quando foi ministro da Defesa entre 2015 e 2016, Rebelo foi repreendido por Moraes depois de ser questionado sobre uma declaração atribuída a Garnier de que as tropas da Marinha estariam à disposição do ex-presidente Jair Bolsonaro para um eventual golpe de Estado.
Segundo Rebelo, a fala de Garnier teria sido “força de expressão” e não poderia ser levada a sério. “A força da expressão nunca pode ser tomada literalmente”, comentou.
Na sequência, Moraes perguntou se Rebelo estava presente na reunião em que Garnier teria feito a afirmação. Rebelo negou, e então o ministro do STF disse que já que não estava presente, ele não poderia julgar a língua portuguesa do almirante.
Rebelo respondeu a Moraes que “a interpretação da língua portuguesa é minha, e eu não admito censura na minha contextualização”.
Na sequência, ele foi advertido pelo ministro, que disse que Rebelo precisava se comportar, ou seria preso.