O cantor e compositor Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos. O artista estava com a saúde fragilizada e, nos últimos dias, recebia cuidados médicos e da família. Ele morreu no hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio.
Desde 2017, Arlindo lidava com as sequelas de um AVC hemorrágico, além de ser portador de uma doença autoimune. Arlindo era traqueostomizado e se alimentava por sonda.
Carreira musical
Arlindo Domingos da Cruz Filho, nascido em 1958 no Rio, foi um dos sambistas mais conhecidos do Brasil, apelidado de “o sambista perfeito”, título também de sua biografia lançada em 2025.
Começou a tocar cavaquinho aos 7 anos e aprendeu violão com o irmão. Jovem, estudou música e foi influenciado por Candeia, seu padrinho musical, que o ajudou a gravar seu primeiro LP, Roda de Samba.
Aos 15 anos, estudou em Barbacena (MG), onde venceu festivais locais. De volta ao Rio, integrou a roda de samba do Cacique de Ramos, tocando com Jorge Aragão, Beth Carvalho e Almir Guineto, e virou parceiro de Zeca Pagodinho e Sombrinha.
Substituiu Jorge Aragão no Fundo de Quintal, onde ficou 12 anos, gravando sucessos como “Seja sambista também” e “Primeira Dama”. Após sair em 1993, formou dupla com Sombrinha antes da carreira solo.
Com mais de 550 músicas gravadas, teve canções interpretadas por Zeca Pagodinho e Beth Carvalho, e compôs vários sambas-enredo para escolas como Império Serrano e Grande Rio.